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No final dos anos 80, a SEGA estava insatisfeita: tinha toda a capacidade para criar um ótimo console de videogame, bem como grandes jogos, mas seu Master System não emplacava. Até mesmo o recente PC Engine da NEC, lançado em 1997 no Japão, estava lhe vencendo em vendas (na verdade o PC Engine começou até a ganhar do Famicom no Japão). Era preciso fazer algo, e a SEGA o fez: lançou um console que nenhuma das suas concorrentes poderia bater. Em outubro de 1988, chegou ao mercado o primeiro console de 16 bits da história, o Mega Drive! Foi uma reviravolta com maestria: com um poderoso processador Motorola 68000, o console rodava a 7,67 Mhz (coisa monstruosa para um videogame da época), além de apresentar gráficos e sons perfeitos e muitíssimas cores ao mesmo tempo na tela. Os norte-americanos não ficaram muito tempo sem ele, e já em 1989 ele chegava ao mercado dos EUA também, rebatizado de Genesis. E é claro, jogos de altíssima qualidade foram lançados para o novo sistema. Finalmente a SEGA pôde contar com o apoio de várias softhouses, e então Capcom, Konami, Taito, Hudson e Eletronic Arts, entre outras, passaram a produzir jogos para o console. O Mega Drive teve então suas versões de Castlevania, Mega Man, etc, e a série FIFA Soccer, famosa até hoje nos consoles de última geração, teve seu nascimento no console de 16 bits da SEGA (aliás, o Mega Drive foi bastante conhecido por sua enorme gama de jogos de esporte). Mas os executivos da empresa ainda achavam que faltava algo, na verdade, uma mascote que realmente representasse a SEGA e que fosse facilmente reconhecível em qualquer parte do mundo, fazer por ela o que Mario fizera pela Nintendo. Com isso em mente, em 1992 é então lançado “Sonic, The Hedgehog”, jogo do porco-espinho supersônico azul que desde então se tornou o símbolo da SEGA. E com tudo isso o Mega Drive marcou definitivamente seu lugar na história, sendo o videogame mais popular do início dos anos 90, chegando até a superar o Super NES nos EUA. Os europeus também o adoraram, e no Brasil, nem se fala, novamente graças ao ótimo suporte da Tec Toy e à falta de concorrentes até a chegada do console de 16 bits da Nintendo pela Playtronic. O Mega Drive também foi inovador ao apresentar periféricos nunca antes vistos, mas decidiu apostar na coisa certa de maneira errada: vislumbrando que jogos em cartuchos em breve seriam coisas ultrapassadas, a SEGA apostou na nova mídia que surgia, o CD-Rom! Sendo assim, lançou no Japão o Mega CD, que um ano depois chegou aos EUA com o nome de SEGA CD, ambos sendo conectados ao Mega Drive/Genesis. A bem da verdade, o novo periférico nem acrescentou tanta coisa assim, melhorando apenas o fato dos jogos terem melhores introduções e animações, pois seus jogos eram na maioria conversões de jogos que já existiam anteriormente para o console. A coisa ficou pior ainda com o lançamento de outro periférico, o 32X. Na verdade um protótipo do que viria a ser o Saturn, chegou a apresentar melhorias, mas acabou sendo um fracasso devido aos pouquíssimos jogos disponibilizados, da concorrência estar preparando algo mais poderoso (o PlayStation da Sony) e da própria SEGA não dar a ele a atenção necessária, pois já estava investindo no seu novo console. Sendo assim, ela aprendeu da pior maneira que é uma péssima idéia fazer “upgrades” em consoles, pois só serviam para dividir seu próprio mercado. Isso sem contar que estes dois episódios serviram para manchar um pouco a reputação do seu até então bem-sucedido console de 16 bits. Uma coisa é certa: o Mega Drive foi um videogame à frente de seu tempo e pendeu a balança da “guerra dos videogames” para a SEGA. Infelizmente para ela, nunca mais nenhum console seu iria alcançar tal glória… Fonte: Zine Acesso |
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Fabricante: | Sega |
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Especificações Técnicas: | Processador: Motorola 68000 16-bit com clock de 7,6 Mhz Vídeo: 512 cores e 64 cores simultâneas Áudio: 6 canais, estéreo Dimensões: 28,5 x 5 x 22,5 cm (larg X alt X comp) Peso: 2,7 kg Mídia de armazenamento: Cartuchos |